Apontado pelas autoridades como o responsável por enviar cargas bilionárias de cocaína do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a Europa, por meio do Porto de Santos, no litoral paulista, André Oliveira Macedo, o André do Rap, saiu da cadeia pela porta da frente, após uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal federal (STF), em outubro de 2020.
A decisão foi revogada, mas já era tarde: desde então, o paradeiro de André do Rap é um mistério, a ponto de a polícia não saber com certeza se o chefão histórico do PCC está vivo ou morto.
Na época em que foi solto, o ministro do STF usou como argumento o fato de que o criminoso estava preso sem sentença definitiva (trânsito em julgado) e excedendo o tempo limite de reclusão previsto em lei.
Cerca de oito horas após o criminoso sair da Penitenciária de Presidente Venceslau, reduto do PCC no interior de São Paulo, o ministro Luiz Fux, então presidente da Corte, suspendeu a decisão, mas a medida foi inócua. Pouco antes de ser solto, André do Rap indicou à Justiça um endereço no Guarujá, Baixada Santista, onde nunca foi encontrado.
Figura central na lista de criminosos mais procurados pela Polícia Civil de São Paulo (foto em destaque), o chefão estaria atuando nos dias atuais, agora como foragido e, possivelmente, usando outra identidade. Não há pistas concretas, no entanto, sobre onde ele está e sequer se está mesmo vivo.
Segundo levantamento do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), uma das principais suspeitas é de que o chefão da maior facção criminosa do país esteja na Bolívia, um dos maiores fornecedores da cocaína remetida pelo PCC para o outro lado do Atlântico.
Fonte da Polícia também afirma que o criminoso, esteve um ano escondido em Portugal. E, acreditam as autoridades brasileiras, poderá voltar ao país a qualquer altura.
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