Os estrangeiros têm uma taxa de atividade mais alta do que os portugueses, mas estão em trabalhos precários, mal pagos, mais arriscados, em sectores como a construção civil, a hotelaria e restauração e o serviço doméstico. Estando em categorias abaixo das suas qualificações, também trabalham mais horas semanalmente do que os portugueses. No entanto, e apesar de terem uma taxa de desemprego mais do dobro da dos portugueses, e com menos contratos sem termo, recorrem muito menos às prestações da Segurança Social.
Os imigrantes contribuíram com 1.861 milhões de euros para a Segurança Social em 2022, enquanto só beneficiaram de cerca de 257 mil euros em prestações sociais. Desta forma, verificou-se um saldo positivo das contribuições dos imigrantes de 1.600 milhões de euros no ano passado.
Os imigrantes pesam 7,5% no total da população, sendo que este foi “o valor mais elevado de sempre”, de acordo com o Observatório das Migrações, responsável pelo relatório com estes novos dados. É quase o dobro do que em 2019, quando representavam 5,7% da população residente. Já o peso entre os contribuintes do sistema de Segurança Social subiu para 13,5%.
O mais recente relatório do Observatório das Migrações indica ainda que continuou a tendência de os estrangeiros terem maior capacidade contributiva que os nacionais, sendo que em 2022 foram 87 contribuintes por cada 100 residentes, enquanto para os portugueses são 48 contribuintes por cada 100.
Da Redação Na Rua News
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