O influenciador digital Gebê, de 26 anos, foi preso temporariamente, nesta segunda-feira (30), durante a operação “Vermelho 27”, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Segundo a instituição, ele é suspeito de promover jogos de azar on-line, como o “tigrinho”, e ter um lucro de R$ 1 milhão por mês. De acordo com o delegado Magno Machado, chefe da Divisão de Fraudes, o influencer foi pego em casa, no condomínio de luxo Vila Alpina, em Nova Lima, na Grande BH, e não reagiu. Na delegacia, ligou para o advogado e preferiu ficar em silêncio.
Na ação policial, dois veículos de luxo — um Porsche e uma Lamborghini — foram apreendidos. Juntos, os dois custam cerca de R$ 4 milhões. Machado disse que Gebê é ex-funkeiro, profissão que teve dos 16 aos 18 anos. Desde então, autointitula-se como o “número 1 da roleta da América Latina”. Ainda conforme o delegado, ele pode responder por exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e possível estelionato. A polícia investiga ainda se há outras pessoas envolvidas nos crimes.
‘Lavanderia’
Machado explicou que Gebê postava vídeos nas redes sociais confessando lavar dinheiro. Em um deles, de acordo com o delegado, ele aparece ao lado de uma máquina de contar dinheiro e uma outra pessoa que não é mostrada na filmagem pergunta sobre a origem do valor. Gebê então diz que tinha “uma lavanderia que lavava dinheiro”. Gebê tem 3,4 milhões de seguidores no Instagram e 4,4 milhões no TikTok.
Investigações
O delegado disse também que Gebê era monitorado desde o início do ano e que as investigações começaram em maio, por meio de levantamentos feitos pelo setor de inteligência da Polícia Civil. Ainda segundo o delegado, os trabalhos continuarão e a polícia fará uma análise financeira e de informações em celulares apreendidos na casa de Gebê. A quebra de sigilo nos aparelhos também deve ser pedida. A polícia ainda quer saber se Gebê tem um avião.
Da Redação Na Rua News
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