O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou bloquear as contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas acusadas de liderar e financiar manifestações contra o resultado das eleições, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 30 de outubro.
A maioria dos alvos é da região Centro-Oeste e estaria envolvidas com a manutenção do QG após promover interdições de rodovias.
Em sua decisão, Moraes diz que o bloqueio é “necessário, adequado e urgente, diante da possibilidade de utilização de recursos para o financiamento de atos ilícitos e antidemocráticos”.
Ele também determinou que a Polícia Federal colha depoimentos de todas as empresas e pessoas listadas em até 10 dias, além de indicar as diligências necessárias para apurar o caso. O ministro enviou as determinações no sábado (12), mas elas só foram reveladas nesta quinta-feira (17).
O ministro citou o bloqueio de rodovias de todo o país por manifestantes bolsonaristas insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Moraes também citou o deslocamento de 115 caminhões para o QG do Exército , “com objetivo de reforçar atos criminosos”.
Ele tomou a decisão justamente após a chegada desses veículos ao Setor Militar Urbano, onde fica o Quartel-General. A Esplanada dos Ministérios está fechada ao trânsito desde 31 de outubro justamente para evitar o acesso dos manifestantes à Praça dos Três Poderes, onde fica a sede do STF.
Além da anulação das eleições e da intervenção das Forças Armadas, bolsonaristas pedem a destituição dos ministros da Suprema Corte.
De acordo com o Moraes, com tais reivindicações e com bloqueios de vias, os manifestantes desrespeitam o direito de reunião pacífica, previsto na Constituição. Moraes destacou que os grupos querem “propagar o descumprimento e desrespeito ao resultado do pleito eleitoral”.
Da Redação Na Rua News , Com informações de O Tempo.
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