O advogado e representante do governo de Minas Gerais em Brasília, Bruno Ornelas, suspeito de pedir propina a empresário do Distrito Federal, foi demitido pelo Governador Romeu Zema (Novo) nesta segunda-feira (11). A exoneração foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Estado.
Na conta oficial na internet, Zema afirmou que determinou a imediata exoneração do servidor investigado pelo suposto desvio de conduta. Zema disse que o caso não tem nenhuma relação com o governo mineiro. Segundo a Secretaria da Casa Civil, o caso ocorreu um ano antes de Ornelas passar a fazer parte dos quadros do Governo de Minas.
Os pedidos de propina foram revelados em trocas de mensagens de WhatsApp obtidas pelo portal Metrópoles. Em uma mensagem enviada em 2022, o advogado aparece pedindo 900 mil reais a um empresário do Distrito Federal, não identificado, para emplacar uma indicação em um cargo de chefia no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás. Na época, o advogado cuidava da articulação política do Podemos, partido que comanda o Detran no governo de Ronaldo Caiado, do União Brasil.
Nos diálogos, Ornelas diz agir a pedido de Felipe Cortês, então colega de partido e candidato derrotado a deputado estadual em Goiás em 2022, ao pedir pagamentos ao empresário.
Questionado sobre o caso, Ornelas afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “desconhece qualquer negociação de cargo ou qualquer outra ação que tenha usado seu nome de forma indevida e criminosa” e que “não mantém nenhum vínculo com o Governo do Estado de Goiás, sendo, dessa forma, impossível qualquer ingerência sua sobre qualquer assunto ou processo de contratação”.
Nota na íntegra do Governo Zema:
“Determinei a imediata exoneração de um servidor investigado por suposto desvio de conduta, mesmo que o ocorrido não tenha sido no Governo de Minas. Na minha Gestão a tolerância é zero pra corrupção”.
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